JOBAT NO CARNAVAL DE LOULÉ

JoBatNatural desta ridente cidade algarvia, o saudoso José Baptista (Jobat) sempre teve uma ligação muito forte à sua terra, mesmo quando viveu e trabalhou em Lisboa, como desenhador privativo da Agência Portuguesa de Revistas (APR) e, mais tarde, noutra empresa do mesmo ramo editorial, a Portugal Press, onde desempenhou, entre outras destacadas tarefas, a de chefe de redacção do  emblemático Jornal do Cuto.

Sempre ligado às artes gráficas, durante a sua longa carreira, mas também empenhado intensamente noutras actividades culturais, José Baptista voltou à sua terra natal em meados dos anos 70, quando acabou a 1ª série do Jornal do Cuto, nela perma- necendo até ao fim da sua vida. E foi em Loulé que deixou mais uma marca do seu talento e da sua criatividade ao colaborar assiduamente no jornal O Louletano, onde republicou alguns dos seus melhores trabalhos e elaborou a página “9ª Arte”, dedicada ao culto daquela que foi uma das suas maiores paixões artísticas: a banda desenhada.

Os méritos profissionais de Jobat e o seu profundo conhecimento da história da BD portuguesa (e estrangeira) estão bem patentes nessa rubrica que coordenou fervoro- samente durante cerca de dez anos, com grande sucesso a nível nacional, fazendo com que O Louletano chegasse às mãos de muitos leitores que só o adquiriam (e por vezes também o assinavam) por causa da sua página de banda desenhada.

Jobat no Carnaval de Loulé

Em Loulé, terra de lendas, de animação e de folclore, a memória de Jobat não foi esquecida e em pleno Entrudo deste ano a sua imagem tornou-se uma das figuras mais pitorescas do corso carnavalesco, ao desfilar num vistoso carro alegórico que prestava uma simbólica (e merecida) homenagem ao autor e artista gráfico que tanto tinha dignificado a sua terra.

Resta-nos desejar que essas homenagens perdurem no memorial da cidade e no afecto dos louletanos, porque Jobat, que tanto amou as suas raízes e os seus conterrâneos, bem merece ter o seu nome preservado e o seu talento prestigiado pela urbe onde nasceu, viveu, trabalhou, criou e sonhou até ao último alento.

CARTA ABERTA DE JOSÉ RUY

Com a devida autorização do seu autor, divulgamos um texto (que não era público) de Mestre José Ruy, em resposta a uma crítica publicada no blogue Kuentro 2, por Jorge Machado-Dias, sobre as exposições comemorativas dos 80 anos d’O Mosquito inauguradas no passado dia 16 de Janeiro e que continuam patentes na nova sede do Clube Português de Banda Desenhada (CPBD), na Amadora (antigo CNBDI).

Reproduzimos o referido texto pelo inegável interesse que nos desperta o tema, sem deixar de reconhecer o direito à crítica, mas também o direito de resposta. Sabemos que dentro em breve o Kuentro 2 voltará a abordar esta questão, dando o devido destaque à carta de José Ruy, já do seu conhecimento, e respondendo-lhe em conformidade.

Uma troca de opiniões é sempre saudável, mesmo quando os argumentos se confrontam… Por isso, a quem interessar, sugerimos que leia também o post publicado no Kuentro 2, ao qual terá acesso directamente por este link:

http://kuentro.blogspot.pt/2016/02/exposicao-comemorativa-do-80.html

José Ruy no CPBD

EM DEFESA DO CPBD – por JOSÉ RUY

Meu caro amigo Machado-Dias

Abraço. Eu entendo a amizade como um sentimento que vai para além dos «com-licenças» e de estarmos sempre de acordo com tudo, «ratando» por vezes nas costas, para evitar confrontar o amigo para que ele não se ofenda. É dever dos Amigos verdadeiros chamar a atenção do que achamos estar mal, mas olhos nos olhos, sem ser preciso usar o megafone para que todo o mundo oiça; o «Kuentro» ouve-se em todo o mundo, tenho prova disso.

E depois deste preâmbulo vamos ao assunto: a sua última crítica ao Clube Português de Banda Desenhada (CPBD) e ao modo como apresenta as suas exposições na nova sede na Amadora. Começa o meu amigo por chamar a atenção para umas réguas tortas por sobre a fachada, que se encontram assim há anos, responsabilidade do condomínio (a CMA só é proprietária da instalação térrea) e da relva a nascer entre as pedras da calçada. Faltou destacar o mau aspeto de algum papel que ande pelo chão, levado pelo vento de algum caixote do lixo mal tapado. Já agora, talvez o pó acumulado sobre os automóveis estacionados em frente da porta dê má aparência e os voluntários do CPBD tenham de lhe puxar o lustro para não serem criticados.

Depois dá a sua opinião de que é degradante mostrar reproduções e que só deveriam ser expostos originais mesmo, se o CPBD quer aliciar os «jovens» a irem ver as suas exposições. Fiz uma exposição dos meus originais do livro «Aristides de Sousa Mendes» no Consulado Geral de Portugal em Paris, em 2014, montados em cartolinas pretas e protegidos com acetato, onde foi inaugurada com a presença de um dos netos do Cônsul que vive em França e do corpo diplomático do Consulado. Depois de duas semanas passou para outros organismos em França e não houve um único queixume pelo facto de não ter molduras «dignas» com vidro verdadeiro.

Eu e um membro da direção do «Círculo Artístico e Cultural Artur Bual», promotor do evento, levámos esse material no avião connosco, sem o perigo de estilhaçar os vidros, mesmo se fossem em acrílico, dentro do peso estipulado para a bagagem e sem mais essas despesas. E a exposição foi visitada por muitos jovens, e até numa das itinerâncias esteve num colégio. O meu amigo divulgou com imagens este evento. A Bedeteca da Amadora tem exposto originais meus e de outros autores montados da mesma maneira, e não tem havido reclamações, pelo facto de estarem «indignamente» apresentados. Os visitantes de todas as idades não deixaram de ir por não terem molduras.

No dia 17 de Fevereiro de 2016 inaugurou-se uma exposição sobre a edição, agora em livro, da história de E.T. Coelho «Os Doze de Inglaterra», na Bedeteca da Amadora, e foram expostos originais deste artista, muito pouco conhecidos, o que foi previamente anunciado. Como poderá ver pelas fotos que oportunamente lhe enviarei, não estiveram presentes jovens. Porque talvez não se interessem por este tipo de trabalho, e isso levar-nos-à para outro debate.

Portanto, não é pelo facto de se mostrarem originais verdadeiros que alicia os iniciados (nesta arte) a interromperem os seus jogos nas tabletes para se deslocarem às exposições que não tenham trabalhos seus. O facto do fotógrafo ocasional ter tirado fotos ao material exposto (reproduções) sem o cuidado de escolher o ângulo para não receber reflexos, não é culpa dos expositores. As boas reproduções expostas, foi a maneira possível de mostrar esse material sem o CPBD ter de pagar um seguro proibitivo e montar um sistema de alta segurança durante o período de exposição, exigido (e muito bem) por quem detém esse precioso material.

O CPBD está a renascer de um longo letargo e não tem ainda posses para essas fantasias. Será que para começar temos de primeiro fazer um investimento principesco para que a crítica fique satisfeita? Lembro-me de um rapaz, até familiar, que mostrava alguma habilidade e gostava de ser pintor e desenhador. Compraram-lhe um belo estirador de sala, caixas com tintas aguarela e a óleo, papéis «qb», pincéis e todo o material de qualidade. Esqueceram-se de lhe comprar outra coisa indispensável: o talento. Todo esse equipamento de nada lhe serviu.

O E.T. Coelho começou a trabalhar numa prancheta sobre os joelhos, no quarto que partilhava com o seu irmão. Os jovens de que fala, se forem à sede do CPBD, podem aprender como com materiais baratos e simples se pode começar a apresentar os trabalhos. Mas só se quiserem, pois ninguém pode obrigar seja quem for a participar nestes eventos. Além disso, o que é exposto é para ser visto ao vivo, e o facto de serem reproduções, boas reproduções de provas originais, torna-se secundário. E o que está exposto foi fruto de muitas horas de trabalho exemplar, voluntário e gracioso, de membros da direção do CPBD.

Temos, todos nós, a responsabilidade de dar a conhecer aos jovens que para conseguirmos crescer precisamos de construir, sem esperar que tudo ou quase tudo apareça feito e pronto a usar. Para o público que não pode ir à Amadora, as fotografias de conjunto podem mostrar todos os reflexos (como em tantas exposições de gabarito), mas para verem em pormenor basta que os órgãos de informação e divulgação peçam os ficheiros digitalizados para serem reproduzidos nos seus blogues ou edições em papel em boas condições. Esse público que se remedeia em ver as imagens no monitor, tanto lhes faz serem originais ou não, o que precisa é de ver essas imagens com qualidade.

Esta é a minha opinião, pois sempre me atirei para a frente para fazer coisas com apenas as condições possíveis no momento, ultrapassando os escolhos, e só ao longo de décadas fui melhorando essas condições de trabalho. Se estivesse à espera do ótimo para começar, ainda não tinha feito nada. Além disso, o único responsável pelo processo que o CPBD adotou para realizar as suas exposições na nova sede, sou eu. Fui eu quem propus esse material, pois tenho experiência de o usar, sem grandes despesas e problemas de conservação e deslocação.

«Quem não tem cão caça com gato». O que interessa é caçar.

Não dei esta resposta no próprio Kuentro, por ser longa e para lhe dar a oportunidade de recusar publicá-la. Numa altura em que a coesão é primordial, qualquer polémica pode dar a impressão, a quem passa ao largo, de que estamos desunidos e em guerras de «alecrim e manjerona». Por isso, aqui vai desta forma. No entanto, vou dar conhecimento à família CPBD.

O mesmo abraço de admiração e a mesma amizade.

JOSÉ RUY

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“OS DOZE DE INGLATERRA” – por E.T. Coelho (4)

12654220_902723516493237_4320641162970025297_nComo oportunamente informámos, realizou-se no dia 10 de Fevereiro, no Centro Nacional de Cultura, uma sessão de lançamento do álbum “Os Doze de Inglaterra”, com desenhos de Eduardo Teixeira Coelho, editado pela Gradiva. Ao assinalável evento deram ainda maior brilho as intervenções de três ilustres oradores: Dr. Guilherme Oliveira Martins, Dr. Guilherme Valente (editor da Gradiva) e Mestre José Ruy, que coordenou esta edição.

Recordamos que a história “Os Doze de Inglaterra”, considerada unanimemente como uma obra-prima da BD portuguesa, foi publicada n’O Mosquito, em 1950-51, numa fase da revista que não primava pela excelência gráfica, nem pelo respeito devido às obras dos seus colaboradores artísticos, visto que o abundante texto das legendas “usurpava”, por vezes, o espaço destinado aos desenhos, causando-lhes danos parciais, mas irreparáveis, como aconteceu em muitas páginas desta magnífica criação de Eduardo Teixeira Coelho.

Felizmente, José Ruy (com a intenção de preservar um precioso espólio) guardou as respectivas provas de impressão e foi a partir desse primitivo material, com os desenhos sem cortes, que foi possível restaurar, de forma quase perfeita, a beleza da arte inigualável de um dos maiores ilustradores portugueses de todos os tempos.

12 de I - Mosquito 1294 959Segundo revelações de José Ruy — que assistiu à realização desta obra, por partilhar, na época, um atelier com E.T. Coelho, sito na Calçada do Sacramento, em Lisboa —, a impressão d’O Mosquito era feita nas oficinas da Bertrand & Irmãos, mas estava confiada a aprendizes (talvez por se tratar — a ironia é nossa — de uma revista juvenil!), enfermando inevi- tavelmente de muitas “mazelas”, agravadas pelo tamanho das legendas escritas por Raul Correia, numa prosa de pitoresco recorte literário, mas por vezes demasiado redun- dante, inspirada, como sustenta José Ruy, num opúsculo da autoria de António Campos Júnior (1850-1917), consagrado autor de narrativas históricas, cuja obra mais célebre é “A Ala dos Namorados”, publicada em 1905.

“Continua o enigma sobre o opúsculo que eu vi o ETC manusear, da «autoria» de Campos Júnior; este nome estava impresso na capa branca só com letras. O Coelho desenhava ao meu lado (tínhamos, nessa altura, um ateliê na Calçada do Sacramento, onde também o Mário Costa, aguarelista, tinha o seu no sótão, enquanto que o nosso era numa sala com janela para a rua). Até a autoria desse texto está em dúvida quanto a ser de Campos Júnior. Umas fontes afirmam que sim, outras que não, e o seu biógrafo não incluiu este romance na sua obra, mas que vi essa publicação, não tenho dúvida.

Sempre pensei que Raul Correia teria outro exemplar, pois este nunca deixou de estar em poder do ETC. Mas é certo que o Coelho desenvolveu «buchas» nos episódios picarescos da aventura do Magriço. Certo, certo, é que o Raul Correia escrevia as legendas com base nos desenhos, como fazia com todas as histórias, criando uma bela e «extensa» prosa que subia pelas pernas das personagens, tapando-lhes grandes partes.

O Coelho nunca se insurgiu, aceitava isso como um ‘Karma’, sem nunca se impor. E ia desenhando, sabendo que partes da composição seriam amputadas. E, nessa altura, não se vislumbrava a hipótese de ser reeditada. Procurei nesta edição cortar as redundâncias do texto, poupando assim muito espaço e fazendo coincidir, em cada vinheta, o assunto que aí se desenvolve”.

doze-de-inglaterra-cnc-2E o resultado está à vista, acrescentamos nós — graças à dedicação, ao brio profissional e ao esforço desinteressado de José Ruy, cuja carreira  acompanhou muito de perto a d’O Mosquito, durante a sua época de maior apogeu —, num belo álbum da Gradiva que fará certamente as delícias de todos os admiradores do talento ímpar de E.T. Coelho, e também de uma nova geração que, por lamentável lapso dos nossos editores, nas últimas três décadas, desconhece quase em absoluto a obra e a importância deste autor.

Aqui fica, pois, um breve registo com imagens do encontro realizado há 15 dias no Centro Nacional de Cultura, para apresentação, como já referimos, do álbum “Os Doze de Inglaterra”, uma das maiores obras-primas de E.T. Coelho. As fotos são de José Boldt, a quem agradecemos (assim como a José Ruy) a amável e sempre pronta colaboração.

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A QUINZENA CÓMICA – 12

QUENTINHAS E BOAS!

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Nos dias de intenso frio, nada mais apetecível do que o sabor (e o calor) das castanhas assadas que estalam na boca, aquecem as mãos, contentam a alma congelada e sedenta de prazeres, e avivam as saudades da ainda remota (e risonha) Primavera.

Nesta pitoresca capa do Cara Alegre, um dos seus mais assíduos colaboradores, mestre Stuart Carvalhais, ilustrou o tema com vivaz singeleza, sem o jeito faceto de outros trabalhos memoráveis com que nos brindou e encantou, juntando-lhe a sugestão de um tempo mais bonançoso (Outono ainda), com viçosas trepadeiras e cravos em flor, e a sedução de um sorriso mavioso… para alegrar também os corações!

Eram assim, pelo seu traço, gentis e airosas, as vendedoras de Lisboa. Noutros tempos em que as ruas da cidade se enchiam de pregões e a beleza de certos costumes e tipos populares se encontrava a cada esquina…


VISITA À BIBLIOTECA NACIONAL (OU O APELO D’O MOSQUITO OCTOGENÁRIO) NUM DIA CHUVOSO…

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O frio, a chuva, os transportes (e até as muletas da Catherine), nada nos impediu de assistir às palestras sobre os 80 anos da mítica revista O Mosquito, realizadas na passada 4ª feira, 17 do corrente, no auditório da Biblioteca Nacional. Infelizmente, o caótico trânsito lisboeta (que piora sempre em dias de chuva) retardou a nossa chegada ao local e só assistimos à última parte da palestra de abertura, proferida por João Manuel Mimoso, sobre o tema 17 anos de capas d’O Mosquito, acompanhada pela projecção de diapositivos.

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Logo a seguir, o Professor António Martinó de Azevedo Coutinho falou do seu percurso no mundo das histórias aos quadradinhos — como se chamava, então, singelamente, a banda desenhada —, desde a sua infância, em Portalegre, e depois durante os seus anos de acção pedagógica, tanto no ensino primário como nos cursos secundário e superior. A terminar, rendendo uma justa homenagem ao seu amigo Hélder Pacheco, outro insigne professor e homem de cultura, portuense de gema, leu um texto inédito que prendeu a atenção da audiência, intitulado Há muito tempo, quando éramos pequenos, evocando memórias pessoais de Hélder Pacheco ligadas à mais popular revista infanto-juvenil de outros tempos, adorada por todos os garotos, de norte a sul do país, que já andavam na escola.

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Mestre José Ruy partilhou também connosco memórias vividas na redacção e nas oficinas d’O Mosquito, com o seu jeito descontraído, aberto e afável de comunicar, desfiando peripécias curiosas e factos que marcaram a relação entre os dois sonhadores e paladinos que criaram o “mito” mais duradouro da BD portuguesa: António Cardoso Lopes Jr. e Raul Correia, ambos residentes na Amadora, a cidade onde efectivamente nasceu O Mosquito e onde hoje funciona também a sede do Clube Português de Banda Desenhada, promotor desta iniciativa numa oportuna e louvável parceria com a Biblioteca Nacional.

Carlos Gonçalves, grande coleccionador (e conhecedor) das preciosidades que são as construções de armar e as separatas que muitas revistas infanto-juvenis publicaram ao longo da sua existência, mostrou reproduções digitais desses suplementos, assim como fotos de certas construções já montadas, como algumas peças do célebre Cortejo Real (construção publicada na revista O Senhor Doutor, que foi contemporânea d’O Mosquito).

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Depois de uma animada sessão de comentários, que prolongaram os temas das palestras durante mais meia-hora, todos nos dirigimos à sala onde a exposição comemorativa dos 80 anos d’O Mosquito, exposta em várias vitrines, foi apresentada e comentada pelos seus comissários, João Mimoso e Carlos Gonçalves. Nem mesmo a Catherine (embaraçada com as muletas) ficou para trás, tal era a sua ânsia de ver a exposição. Pena foi que o folheto alusivo a esta mostra já tivesse “voado”, como folhas secas num dia de vento…

Aqui reproduzimos algumas fotos da memorável sessão na Biblioteca Nacional, gentilmente cedidas pelo nosso amigo António Martinó (autor do blogue de referência Largo dos Correios, onde poderão ler, na íntegra, o magnifico texto de Hélder Pacheco), tiradas por ele e pelo seu neto Manuel, o mais jovem elemento da assistência, brilhante estudante universitário e que denota possuir também excelentes dotes de fotógrafo. A ambos os nossos agradecimentos, com as mais afectuosas saudações “mosquiteiras”.

Nota: Esta reportagem, com mais imagens, vai ser também postada no nosso blogue irmão (ano e meio mais novo) O Voo d’O Mosquito.

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DIA 16: ENTREVISTA COM JOSÉ RUY NA RTP-2

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Última hora: Integrada nas comemorações dos 80 anos d’O Mosquito, que o Clube Português de Banda Desenhada (CPBD) tem levado a cabo nestes primeiros meses do ano, a RTP-2 transmitirá amanhã, pelas 22h45, uma entrevista com José Ruy, consagrado veterano e mestre da BD portuguesa, cuja carreira passou também pel’O Mosquito, onde conviveu com outros nomes famosos daquela revista como Eduardo Teixeira Coelho, Jayme Cortez, José Garcês, Raul Correia e António Cardoso Lopes (Tiotónio).

A entrevista irá para o ar no programa da RTP-2 Literatura Aqui e foi gravada na nova sede do CPBD, que funciona desde finais do ano passado nas antigas instalações do CNBDI, Amadora, onde estão patentes duas exposições sobre O Mosquito. Além de José Ruy, surge também na entrevista outra figura que pertenceu à histórica equipa que fazia O Mosquito, quando este passou a ter oficina própria: José da Luz, ajudante de tipógrafo que trabalhava com o pai nas mesmas oficinas, sitas na Travessa de S. Pedro de Alcântara, 9 r/c, em Lisboa. Um local cujas míticas memórias permanecem vivas no espírito dos antigos colaboradores e de muitos leitores d’O Mosquito, que ainda hoje rendem homenagem ao mais emblemático e saudoso título da BD portuguesa.

(Agradecemos a Carlos Gonçalves as fotos que documentam esta reportagem).

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EXPOSIÇÃO “OS DOZE DE INGLATERRA” – POR EDUARDO TEIXEIRA COELHO – NA BEDETECA DA AMADORA

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Bedeteca | Biblioteca Municipal Fernando Piteira Santos

18 de FEVEREIRO a 24 de MARÇO – Horário: 3ª feira a sábado,

das 10h00 às 18h00

A Bedeteca da Amadora inaugura no próximo dia 18 de Fevereiro, pelas 21h30, a exposição “Os Doze de Inglaterra”, do autor português de Banda Desenhada Eduardo Teixeira Coelho. Esta mostra é constituída por materiais originais de impressão da obra em causa, impressões do livro e arte original do artista, do acervo da Bedeteca.

Durante a inauguração da exposição, o livro será apresentado pelo artista José Ruy – autor de Banda Desenhada, ilustrador e pintor –, e por Rogério Miguel Puga – professor auxiliar da Universidade Nova de Lisboa.

Mais informações:
Bedeteca | Biblioteca Municipal Fernando Piteira Santos, 2º Piso | Av. Conde Castro Guimarães 6, Venteira (2720-119 Amadora)
Telefone: 214 369 054 | Fax: 214 948 777

Nota: Agradecemos a Mestre José Ruy a informação que nos permitiu rectificar a notícia colhida no página de Facebook da Amadora.Liga, que hoje de manhã ainda não tinha sido actualizada.

DIA 17: PALESTRAS SOBRE “O MOSQUITO” NA BIBLIOTECA NACIONAL

De hoje a oito dias, 4ª feira, 17 de Fevereiro, às 17h00, realiza-se uma série de colóquios na Biblioteca Nacional (Campo Grande), que têm por tema o 80º aniversário da mais emblemática revista juvenil portuguesa, O Mosquito, com a intervenção de figuras bem conhecidas pela sua preponderante acção no meio bedéfilo, artístico e cultural, como José Ruy, António Martinó Coutinho, Carlos Gonçalves e João Manuel Mimoso, estes dois na qualidade de comissários da exposição organizada pelo Clube Português de Banda Desenhada (CPBD), em parceria com a Biblioteca Nacional, onde estão patentes vários exemplares d’O Mosquito (1ª série), publicados entre 1936 e 1953, separatas com construções de armar (algumas já montadas), álbuns, suplementos como A Formiga, dedicado às raparigas, e outros ítens raros e curiosos.

A exposição, que pode ser visitada diariamente, de 2ª feira a 6ª feira, entre as 9h30 e as 19h30, e aos sábados das 9h30 às 17h30, encerra no final deste mês.