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Gatos gatinhos e gatarrões e O gato alfarrabista
Cascais, Portugal

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51 thoughts on “About

  1. Parabéns Jorge, por este seu blog que está muito bem elaborado, bem apresentado e como não podia deixar de ser, muito bem redigido e com belos desenhos ilustrativos. Bom trabalho. Conte comigo para o visitar muitas vezes.

  2. Boa tarde, venho mais uma vez incomodar com uma questão: Quantos Especials do Cavaleiro Andante foram publicados? Mais uma vez os meus parabens pelo seu maravilhoso trabalho, graças a ele é que estou a terminar antigas colecções de BD. Cumprimentos Paulo Pereira

      • Boa noite e obrigado pela ajuda, sou coleccionador e apaixonado por BD desde que me conheço, mas só agora ( tenho 48 anos por isso nunca acompanhei o CA) começo a descobrir o Cavaleiro Andante ( tenho a colecção completa em fasciculos) que acho notavel. Sem querer ser um “chato” consegue me informar também que tipo e quantidade de suplementos sairam, ou então onde posso obter tal informação. Mais uma vez obrigado pelas preciosasinformações. Paulo Pereira

  3. Além das separatas, o CA teve alguns notáveis suplementos: “O Pajem”, iniciado no nº 27, com 256 números publicados, e “Desportos do CA”, iniciado no nº 62, com uma 1ª série até ao nº 146, recomeçando no nº 210, com o mesmo formato d’O Pajem, e terminando no nº 313. Houve ainda o suplemento para as raparigas “Andorinha”, com 6 números publicados (entre os CA nºs 315 e 325), e o “Bip-Bip”, este lançado noutra revista, o “Foguetão”, onde saíram 6 números, continuando depois no CA (a partir do nº 502), até ao nº 34.
    Sobre o CA existe um livro da autoria de Leonardo De Sá e A. Dias de Deus, publicado em 1999 pelas Edições Época de Ouro e Editorial Notícias, com muitas informações úteis. Talvez ainda o consiga arranjar. É um livro de grande formato, cartonado, com capa azul.

    • Já nem sei como devo agradecer-lhe.
      Vou tentar arranjar esse livro sobre o Cavaleiro Andante.
      Com os melhores cumprimentos.
      Paulo Pereira

      • Boa tarde, caro amigo. Comprei e já li o livro que me recomendou da autoria de Leonardo De Sá e A. Dias de Deus, sobre o Cavaleiro Andante. Venho mais uma vez incomoda-lo com uma questão: Pelo que percebi terão existidos ao longo dos diversos numeros separatas diversas ( sem ser sobre desporto), jogos e outros. Será que em algum lugar ou alguem me poderá informar o que realmente foi editado. Com os melhores cumprimentos, Paulo Pereira

  4. Caro Paulo,
    Ainda bem que conseguiu arranjar esse livro, que embora muito interessante tem algumas lacunas, nomeadamente quanto às separatas e a outros itens do Cavaleiro Andante.
    Não lhe sei dizer quantas é que saíram, nem conheço, infelizmente, nenhuma lista publicada sobre o tema. Mas lembro-me de que nos primeiros números foram incluídas separatas com o Jogo de Hóquei em Patins e uma grande construção de armar de A. Velez: o Aeroporto de Lisboa. E no nº 51 (Natal de 1952) saiu um presépio com movimento. Os Números Especiais também tiveram algumas separatas.
    Talvez em breve, neste blogue, possa fornecer mais informações sobre o assunto.
    Abraços e disponha sempre.
    Jorge Magalhães

  5. Mais uma vez o meu muito obrigado pela ajuda. Estou a tentar fazer um glossário com TUDO o que tenha saido no universo Cavaleiro Andante. Abraço. Paulo Pereira p.s. vi hoje na RTP 2 um documentario sobre Fernando Bento. Se não estou em erro o Jorge Magalhães aparece nele.

    • Boa tarde Jorge Magalhães.
      Sem querer ser pretencioso, o que acha de se tentar voltar a imprimir, agora com papel de boa qualidade numa edição proxima do luxuoso, de alguns, talvez três ou cinco numeros dos Cavaleiro Andante. Numeros que fossem significativos para o panorama/história da BD em Portugal. Muitas gerações não sabem da importancia que teve esta colecção e em especial as da ENP. Lembrei-me desta questão por ter adquirido em tempos algumas edições dos “Amis de Jacobs”. Fizeram uma edição fabulosa do Segredo do Espadão 1º volume, com as prachas originais, numa edição espantosa. Talvez se conseguisse fazer uma pequena edição para coleccionadores sem fins lucrativos. Eu compreendo que deve existir grandes dificuldades nos direitos de autor… ou talvez não. Se achar razoavel diga-me alguma coisa para tentar avançar com o projecto. Se conseguisse obter um numeros razoavel de coleccionadores talvez se pudesse fazer uma edição menos dispendiosa. Um abraço, Paulo Pereira.

  6. Olá Paulo,
    Obrigado mais uma vez pelo seu contacto, que demonstra que continua a seguir com regularidade o nosso “Gato Alfarrabista”. Quanto à ideia de reeditar, numa edição especial, alguns números do Cavaleiro Andante, além de não me parecer comercialmente muito viável, pois trata-se de uma revista cuja colecção completa ainda se consegue arranjar com relativa facilidade, levanta outro problema: o dos direitos de autor, começando pelos do Tintin. Como sabe, os herdeiros de Hergé têm sido até hoje muito intransigentes nessa questão, e o Tintin está presente em quase todos os números do Cavaleiro Andante. Não vejo como seria possível tornear essa dificuldade, numa edição que, mesmo com tiragem reduzida, destinada apenas a coleccionadores, teria obrigatoriamente de passar pela autorização de alguns detentores dos direitos, entre eles os herdeiros de Hergé.
    A hipótese que me parece mais interessante (e que talvez tivesse alguma viabilidade) era reeditar um conjunto de histórias, em bloco – isto é, completas, como no livro do Dias de Deus e do Leonardo De Sá –, seleccionadas entre as que eventualmente não levantassem problemas com direitos. Mas a escolha é difícil relativamente ao material estrangeiro, pondo de lado obviamente as histórias de autores belgas, publicadas no “Tintin” e no “Spirou”. Parece-me que, entre as que poderiam ser escolhidas, estão em primeiro lugar as italianas e algumas francesas, depois as portuguesas, porque destas (as portuguesas, claro) seria talvez mais fácil obter a autorização dos respectivos autores ou dos seus herdeiros. Estou a pensar, por exemplo, em Fernando Bento.
    E é tudo o que me ocorre dizer-lhe sobre este assunto…
    Um abraço do
    Jorge Magalhães

    • Boa tarde
      Caro Jorge Magalhães, obrigado pela sugestões. Vou pensar no que pode ser realmente viavel e realista. Abraço Paulo Pereira

  7. Boa noite tenho a Formiga nº1, 12, 20, 22, 23, 32, 37, 38, 40, 41, 42, 43 e 44. E tenho tb O Mosquito Magazine Ano I nº 1 que pretendo vender. Caso esteja interessado peço-lhe que me contacte para o meu email. Obrigado.

  8. boa tarde amigo estou a tentar acabar duas coleçoes que tenho desde criança a coleçao historias faltam os numeros-13-31-35-46-51-56 da coleçao herois faltam-25-29-33-35 da ibis estou farto de procurar por todo lado sera que me podia dar alguma imfomaçao para comprar estes livros obrigada pela atençao

  9. Conheço essas colecções da Editorial Ibis, e também as coleccionei em tempos, até possuo ainda alguns exemplares, mas não lhe posso ser útil, porque não sou alfarrabista nem conheço, de momento, quem as possa ter à venda, visto serem já tão antigas.
    Sugiro-lhe, no entanto, que contacte o José Vilela, cuja loja se situa na Calçada do Duque, 19-A, 1200-155, Lisboa (junto da Estação do Rossio), telefone 213432828.

  10. Bom dia, Jorge Magalhães.
    Lembra-se do seu “Mundo de Aventuras”, do “Sete de Espadas”, do “Mistério.. Policiário”, e dos respectivos Convívios mensais realizados em muitas cidades de Portugal, a partir de 75?
    Lembra-se? Pois claro que se lembra!
    O que talvez não se lembre já, e é natural pois éramos tantos, é de muitos desses convivas dos encontros organizados pelo nosso saudoso Lattas!
    Lembra-se também do “Primeiro Convívio” em Santarém e do respectivo almoço em Almeirim,onde estiveram o “Sete”, o amigo Jorge Magalhães, o Vítor Hugo, o “Big-Ben”, o “Dr. Aranha”, o “Tony Cooper” organizador desse encontro, e eu… o “Pais Pinto – Vialonga”?
    Nunca mais contactei com ninguém desse tempo, de há quase quarente anos, mas pelo menos com o amigo Jorge Magalhães vou fazê-lo através deste seu blog.
    Deve imaginar as saudades que sinto desses tempos, principalmente quando revejo as fotografias publicadas nos “MA” dessa altura!
    Sentirá também, porque quanto mais não seja éramos ainda jovens!
    Aproveito esta ocasião, Jorge Magalhães, para lhe agradecer tudo quanto tem feito pela BD, com praticamente toda a sua vida dedicada a ela! É de enaltecer, é de louvar! Bem haja!
    Já tinha dado com o seu blog aqui há uns tempos, quando pesquisava uma coisa sobre BD, mas confesso que me tem faltado sempre a coragem para lhe escrever. Não sabia o que havia de dizer, nem como começar.
    E foi através de um anúncio no OLX, para a compra de uma revista “Intrépido” nº. 4., que eu hoje estou aqui. Perguntei a esse anunciante se tinha a certeza de que havia um número 4 da “Intrépido”, pois eu estava farto de pesquisar e nunca tinha encontrado nada alem do 3, e ele respondeu-me que o amigo Jorge Magalhães, como coordenador dessa revista, lhe tinha dito que não se lembrava, mas que se lembrava de ter preparado mais uns três ou quatro números.
    Foi esse anunciante do “Intrépido nº. 4”, o amigo Paulo Pereira, que me disse maravilhas do seu blog e até me forneceu o link, e me tirou todas as indecisões…
    Amigo Jorge Magalhães, tive muito, muito, mas mesmo muito gosto,e também muita emoção, em voltar a comunicar consigo! Já não o fazia há quase quarenta anos!
    Um enorme e demorado abraço, querido amigo Jorge Magalhães!
    Manuel Pais Pinto.

    Nota:
    Não me despeço, porque agora vou procurar estar presente com alguma frequência no seu blog, nem que seja para lhe perguntar por esta ou aquela dúvida sobre BD.
    Não se importa, pois não?

    • Caríssimo amigo Pais Pinto,

      Mas que grande surpresa e que enorme prazer receber notícias suas, ao fim de tanto tempo, e ainda por cima através do modesto blogue que criei, com a ajuda da Catherine Labey, em Janeiro deste ano, para comemorar mais um aniversário d’O Mosquito, e que acabou por ir crescendo, até ultrapassar a primeira marca simbólica dos 100 posts!
      Pois claro que me lembro muito bem de si e de muitos amigos que colaboraram na mítica secção “Mistério… Policiário” do grande e saudoso Tharuga Lattas, o nosso querido “Sete de Espadas”, de cuja morte só tive conhecimento, infelizmente, meses depois dela ter ocorrido, talvez por não andar atento, nesse tempo, aos outros blogues como ando agora.
      Como é que eu podia esquecer, amigo Pais Pinto, tempos tão efervescentes (passe a palavra), em que tantas ideias foram postas em prática no “Mundo de Aventuras”, tantas amizades se cultivaram, tantas etapas foram ultrapassadas, às vezes com sacrifício do tempo dedicado à família, mas em prol de uma boa causa, que uniu pela primeira vez, de forma espontânea (direi mesmo, indissolúvel), os adeptos do Policiário e da Banda Desenhada, nos célebres convívios organizados pelo “Sete”, com o patrocínio do MA.
      Lembro-me tão bem como se fosse hoje desses tempos e até do nosso 1º convívio, realizado em Santarém, com a presença dos “Sete Magníficos”, expressão usada pelo “Sete” que ficou registada para sempre nas crónicas desses calorosos e fraternais encontros – bem “regados” e bem “servidos”, como faziam gala os seus organizadores, em todas as terras aonde o pessoal se deslocava. E para lhe demonstrar que a memória ainda não me atraiçoa, veja o que escrevi na resposta a um amigo e assíduo leitor deste blogue, o Fernando Santos Costa, a propósito de um comentário que ele fez sobre esse célebre convívio de Santarém:

      GRANDES SÉRIES PARA (RE)LER E RECORDAR – 4

      Infelizmente, nos últimos anos, as minhas relações com os rapazes desse tempo (em que, de facto, éramos, muitos de nós, ainda bastante jovens) têm sido muito raras, com excepção do Jartur, do qual recebo frequentes missivas com os seus trabalhos de pesquisa e de divulgação, ele que continua a ser um dos maiores entusiastas do Policiário e um profundo conhecedor de tudo o que se publicou em Portugal nessa área.
      Não me alongo mais, amigo Pais Pinto, enviando-lhe um grande abraço – que aproveito para tornar extensivo ao Paulo Pereira, que o incentivou a contactar-me através deste blogue —, esperando voltar a ter em breve mais comentários e opiniões suas, como nos velhos tempos em que fazíamos dos nossos gostos e passatempos culturais, sob a égide do MA, do Policiário e do dinâmico “Sete de Espadas”, um pretexto para nos encontramos, conversarmos e convivermos com uma larga roda de amigos, que mês após mês se tornava cada vez maior, de norte a sul do país.

      Jorge Magalhães

  11. Caro Gato Alfarrabista,
    Mais uma vez lhe dou os parabéns e agradeço o seu blog!
    Gosta de pedir a sua ajuda sobre uns números do “Senhor Doutor”. Sou um coleccionador de bd desde há muitas décadas, mas nunca calhou ter um sequer exemplar desta revista. Ora li no Nº 5 dos “Cadernos de Banda Desenhada” que o E.T.C. desenhou o “Sombra” em 1942 para o “Senhor Doutor”. Gostava de pedir-lhe,e ntão, caso tenha as revistas desse ano, se me poderia indicar quais os números em que a história está publicada e se será o mesmo “Sombra” dos pulps e dos comic books americanos, da Street & Smith, da autoria de Maxwell Grant, ou apenas uma personagem homónima. Estou a preparar um guia para coleccionadores sobre a memorabilia do “The Shadow” e esses dados eram importantes. Até agora pensava que a primeira publicação desta personagem teria sido no Faísca (que tenho até ao Nº44), mas talvez tenha surgido por terras lusinatas um pouco antes. Se fosse possível publicar um “scan” de uma das páginas, então isso seria perfeito! É algo bizarro ser o E.T.C a desenhar as histórias por cá… É um mistério que gostava de resolver 🙂
    Agradeco antecipadamente a atenção e envio um abraço,
    Nuno Miranda
    PS – Será V. Exa. o mesmo Jorge Magalhães que escrevia sobre BD para o Correio da Manhã no início dos anos 80?

    • Caro Nuno,
      Grato pelo seu comentário e por acompanhar o nosso blogue, que esperamos continue a merecer o seu interesse. Quanto à questão que nos põe sobre uma hipotética versão d’O Sombra publicada na revista O Senhor Doutor, com desenhos de E.T. Coelho, a única que conhecemos, sem margem para dúvidas, é a que saiu n’O Faisca, em tiras diárias originais, que nessa revista foram remontadas. Nem faria sentido que um desenhador português se encarregasse também de uma série que estava sujeita a “copyright,” a não ser dando-lhe um nome fictício.
      O trabalho de ETC para O Senhor Doutor limitou-se à ilustração de algumas novelas de cariz policial, entre as quais “A Taça de Confúcio”, de onde a imagem que viu nos Cadernos de Banda Desenhada nº 5 foi retirada. Mas não cremos que haja relação entre essa novela, sem assinatura, e as de Maxwell Grant, embora um dos seus personagens se chame “A Sombra”.
      Temos apenas três números d’O Senhor Doutor com “A Taça de Confúcio” – 451, 452 e 458 – e lamentamos, por isso, não poder dar-lhe informações mais concretas.
      Quanto à segunda pergunta: sim, sou o mesmo JM (sem V. Exa.) que publicou alguns artigos no “Correio da BD”, rubrica do Correio da Manhã orientada pelo Clube Português de Banda Desenhada, e que também foi coordenador do Mundo de Aventuras, durante 13 anos, director, sob pseudónimo, dos Cadernos de Banda Desenhada e editor de vários fanzines, entre outras coisas.
      Um abraço,
      Jorge Magalhães

      • Caro Jorge,
        Obrigado pela resposta tão rápida. Concordo que seria estranho redesenhar “O Sombra”, mas o nosso universo banda-desenhístico lusitano tem coisas tão estranhas, que eu queria ter a certeza de que era outra personagem. Como o artigo, de António J. Ferreira, menciona “trepidante aventura um implacável justiceiro”… imagina a minha curiosidade? 🙂
        Já agora, gostava de atualizar os dados dos “Cadernos” na comics.org, para a qual contribuo. Na revista o director está como A.A. de Castro, mas é o Jorge?
        Sobre o CM, penso que nos cruzámos há uns bons 37 anos, tinha eu 12 e fazia uns bonecos. Escreveu uma peça sobre mim, que muito incentivo me deu para desenhar mais. Infelizmente não quiz a vida que me tornasse artiste de BD, acabando por me tornar tradutor… O mundo é tão pequeno, não é?
        Um forte abraço e mais uma vez obrigado,
        Nuno
        PS – Infelizmente não possuo todos os números dos Cadernos. Se pudesse contribuir com scans das capas para a comics.org ficava-lhe muito grato. O meu email é nuno.miranda(a)pulpzone.com.

  12. Caro Nuno,
    Se eu tivesse mais números d’O Senhor Doutor com essa novela ilustrada por E.T. Coelho (então ainda nos primórdios da sua carreira), que um investigador tão reputado como A.J. Ferreira atribuiu a um homónimo de “O Sombra”, talvez pudesse ser mais explícito… mas, na dúvida, aconselhava-o a consultar essa fase da revista na Biblioteca Nacional.
    Quanto aos Cadernos da BD, sim, foi com o pseudónimo de A.A. de Castro que coordenei e editei os oito números publicados, juntamente com a Catherine Labey e dois amigos. Houve muito boa gente, na altura, que ficou com a pulga atrás da orelha, mas ainda hoje não sabem quem eram todos os elementos desse grupo, designado por Colectivo BD…
    Diga-me quais são os números que lhe faltam e terei todo o gosto em enviar-lhe “scans” das respectivas capas.
    Infelizmente, já não me lembro desse artigo que escrevi, há tanto tempo, sobre os seus trabalhos artísticos. Foi publicado no Correio da Manhã?
    Abraços,
    Jorge Magalhães

  13. Boa tarde, o meu nome é António Serra e estou a fazer uma tese de mestrado sobre a utilização da Banda desenhada no ensino da História de Portugal no 2º ciclo, gostaria de lhe colocar algumas questões se for possível, não sei se o faça por aqui ou por algum email.
    Desde já muito obrigado pela sua atenção.
    Fica o meu contacto tojoserra@gmail.com

  14. Boa noite, querido amigo Jorge Magalhães.

    Aproveito este seu espaço para lhe desejar umas Boas Festas, ou seja:

    Um Feliz Natal e Um Bom Ano Novo, muito, muito próspero!
    Não apenas a si, mas também a todos os que lhe são queridos.

    Depois de o contactar desta última vez, não houve um só dia que eu ao navegar na net à procura de BD, não me lembre logo do amigo Magalhães!
    É que a minha associação da banda desenhada, consigo, é quase automática.
    Quando penso numa, lembro-me logo do outro.
    Porquê? Porque o vejo há longos anos, quase toda a sua vida, ora a publicá-la, ora a divulgá-la e sempre incansavelmente! Bem haja!

    Cumprimentos e um grande abraço, amigo Magalhães.
    Manuel Pais Pinto.

  15. caro bloguista, fico na duvida se o Almanaque de santo António que mostra está á venda ou é da sua coleção pessoal. Pode esclarecer? Obrigado

  16. Boa Noite. Antes de mais quero expressar a minha profunda admiraçao pelo seu trabalho, de grande merito. Gostaria de perguntar-lhe se quando na sua passagem por Angola, chegou a escrever algum conto desde esse pais Africano para apreciação e eventual publicaçao na Agencia Portuguesa de Revista do saudoso Jobat. Cumprimentos.

  17. Obrigado pelas suas palavras e por nos honrar com a sua visita a este blogue. De facto, quando estive em Angola, entre 1961 e 1973, colaborei nalguns jornais e revistas, incluindo da Metrópole (como, então, era designado o meu torrão natal). Mas nunca enviei nada para a Agência Portuguesa de Revistas, durante esse período. Anteriormente, em 1959, quando ainda residia em Portugal, cheguei a publicar um conto no Mundo de Aventuras, que foi ilustrado por José Batista, o meu saudoso amigo Jobat, então um dos principais colaboradores do MA.
    Em finais de 1973, depois de regressar à Metrópole, iniciei novos contactos com a APR, passando a coordenar o Mundo de Aventuras, pouco depois do 25 de Abril, mas Jobat já não trabalhava nessa editora.
    Conheci-o, pela mesma altura, na redacção do Jornal do Cuto, publicado e dirigido por Roussado Pinto, e tive a felicidade de me tornar bom amigo de ambos.
    Convivi intensamente com Jobat, desde então, particularmente nos últimos anos da sua vida, colaborando na excelente rubrica 9ª Arte que ele coordenou no jornal algarvio “O Louletano”.
    Era um amigo muito próximo e muito especial, que recordarei sempre com muito carinho e muita saudade.
    Um cordial abraço e mais uma vez obrigado pelo seu interesse e pelos elogios que fez ao meu modesto e despretensioso trabalho.
    Jorge Magalhães

  18. É um enorme prazer, para mim, ter a oportunidade de trocar estas palavras com alguem que sempre admirei desde que me interessei pela BD e quando digo que tenho admiração pelo seu trabalho que reafirmo de grande qualidade e merito, digo-o de forma profunda tal como o digo de outros grandes ilustradores portugueses caso do Jose Baptista (Jobat) que infelizmente, nos deixou mas que sempre ficará na minha memoria desde dos seus trabalhos nas Ediçoes de Cinema na APR, nos cromos sobretudo das ediçoes Bruguera transpostas para Portugal, nas suas participaçoes como freelancer em ediçoes do Major Alvega, no Cuto, um mestre que conheci em Loulé, curiosamente terra que não apreciava muito.
    Sobre a minha questão, creio que que o conto que refere é “Terra Selvagem” que foi, creio, o seu primeiro trabalho literario que viu a letra de forma. Mas a minha questão está relacionada com o conto “Através do Deserto” que julguei ter sido escrita em Janeiro de 1968 em Porto Aboim e remetida para a APR, na altura na tutela de Jose Baptista. E a primeira questão que lhe coloco, se me permite, é saber se este conto foi editado no Mundo de Aventuras e, em caso afirmativo, se me sabe indicar o numero pois nao o consigo encontrar. A segunda questao, ultima para nao incomodar, é se foi precisamente esse conto que lhe permitu retomar a sua ligação à Agencia Portuguesa de Revistas. Obrigado pela atenção, obrigado pela sua obra, dedicação e mestria, uma vez mais mas nunca é de mais. Cumprimentos, Manuel

  19. É com todo o prazer que tentarei esclarecer as questões que me põe, renovando os meus agradecimentos pela forma como se refere ao meu modesto trabalho… e volto a frisar “modesto”, porque ainda hoje, a tantos anos de distância, não o vejo de outra forma, quando comparado com o de alguns grandes mestres da BD portuguesa, como Raul Correia, Orlando Marques e Roussado Pinto, por exemplo, para só me referir aos novelistas.
    De facto, “Terra Selvagem” foi o primeiro conto que publiquei no “Mundo de Aventuras”, em 1959, se não me falha a memória, com ilustrações do saudoso Jobat. Mas sinceramente não me recordo de ter escrito outro conto com o título que refere, isto é, “Através do Deserto”. Aliás, o MA em 1968 tinha ainda o formato pequeno, e nessa fase eram raros os trabalhos literários que publicava.
    Depois do MA, ainda eu estava em Portugal, conheci José Ruy e E. Carradinha, que editavam a revista “O Mosquito” (2ª série), e graças a eles publiquei nessa revista o meu segundo conto que viu a letra de forma numa publicação juvenil: “A Maldição Branca” (com ilustrações de José Garcês e José Ruy).
    Em Angola colaborei em vários jornais e revistas, alguns deles ligados também à imprensa infanto-juvenil, como o suplemento “Angola Infantil”, do jornal “O Comércio”, publicado em Luanda. Em 1968, já a residir em Porto Amboim, enviei um conto à revista “Pisca-Pisca”, intitulado “O Natal do Capitão Cook”, que saiu no seu último número (se não estou em erro). E nada mais publiquei em revistas do género, a não ser em 1973, quando regressei à metrópole, em gozo de licença graciosa. Devido ao 25 de Abril, essas férias acabaram por se transformar em licença definitiva… até à reforma!
    A minha entrada no MA (2ª série) aconteceu quase por acaso e por intermédio de Vasco Granja, que conhecia os seus responsáveis, António Dias, Vitoriano Rosa e Batista Rosa, e me abriu as portas da APR. Antes de me tornar coordenador do MA, em Maio de 1974, depois de ter resolvido não voltar tão cedo a Angola, devido à situação que lá se instalou logo a seguir ao 25 de Abril, fiz traduções e escrevi alguns contos e artigos para o MA, que saíram nos primeiros números da 2ª série, designada na altura como 5ª série (erradamente, a meu ver, porque a revista só interrompeu a sua numeração uma única vez, mudando de formato e retomando o nº 1 em Outubro de 1973).
    Recapitulando todos os contos que escrevi para o MA e outras revistas (mas que não foram assim tantos), não encontro nenhum chamado “Através do Deserto”. Com esse título, só me lembro de uma BD de José Garcês que saiu no “Cavaleiro Andante”, em meados dos anos 50, e foi mais tarde reeditada em álbum pelas Edições ASA.
    Espero tê-lo elucidado a este respeito e estou-lhe muito grato, repito, pelo interesse que lhe merecem a minha carreira e os meus singelos trabalhos literários… actividade que, de certa forma, procuro prolongar neste e noutros blogues que actualmente coordeno, como uma forma agradável de matar as saudades de outros tempos, sobretudo no que à BD diz respeito, e manter as “meninges” a funcionar.
    Em breve, evocarei com mais detalhes as minhas “primícias” literárias num artigo que estou a preparar para “A Montra dos Livros”, um dos blogues que criei e que está quase a fazer um ano. Caso o não conheça, pode encontrá-lo e aceder-lhe directamente na barra lateral que tem os links para “blogs I follow”.

    Um amistoso abraço bedéfilo,
    Jorge Magalhães

    • Agradeço a sua atenção e pormenorização até cronologica que de facto, ajuda-me a localizar um pouco melhor a sequencia da publicação dos contos. Estive a consultar a minha colecção de O Mosquito e na 2ª serie no Fasciculo 12 temos, efectivamente, a “Maldução Branca” excelentemente ilustrada por José Ruy. Relativamente ao conto “Através do Deserto” consegui em tempo a sequencia inicial escrita do mesmo, que tive de reencontrar nos meus arquivos, cujos paragrafos aqui deixarei para, na esperança, assim mais rapidamente o auxiliar para que o possamos localizar em materia de publicação. Aqui fica:

      “No ar ainda frio da madrugada, a diligencia corria pelo deserto. Tinha seis cavalos, atrelados a par, um condutor e um guarda. O condutor chamava-se Johnny Stuart e brandia o chicote como se tivesse pressa de chegar a casa. O guarda, com a espingarda sobre os joelhos, olhava de vez em quando para tras, para as ultimas sombras da noite, mas o seu rostoestava calmo e impassivel.

      Dentro da carruagem, Billy Harper enristava os bigodes grisalhos, deitando olhares de soslaio pela janela, abrindo caminho com os seus ditos de bebedo à inquietaçao que lavrava entre o outros passageiros.

      Atravessavam a zona mais perigosa do percurso, onde, atras de cada cacto e cada colina de areia, espreitavam os olhos dos Apaches.

      Era por isso que Johnny Stuart incitava os cavalos e Travers, o seu ajudante, de carabina aperrada, sondava a distancia percorrida, sob a luz da manha que inundava o deserto.”

      Obrigado uma vez mais, com a esperança de ter auxiliado na identificação do conto.

      Cumprimentos,

      Manuel Ferreira

  20. Mais uma vez agradeço o seu interesse pelos meus contos publicados há tanto tempo no “Mundo de Aventuras” e noutras revistas juvenis, e espero, com esse grato pretexto, reviver talvez em breve, para os leitores dos meus blogues, mais memórias de um trabalho a que sempre me dediquei por paixão e vocação, embora com perfeita consciência dos meus modestos recursos.
    É natural que já não me lembre de tudo o que escrevi e publiquei, passados mais de 40 anos, mas as suas referências ajudaram-me a localizar finalmente o conto que citou, publicado também no MA, mas com outro título: “Viagem Perigosa”.
    Teve ilustrações de Vítor Péon, outro talentoso e experiente desenhador que recordo também com muita saudade e eterna admiração, e foi estreado no MA Especial nº 1, de 1/5/1975. Se o tiver está com sorte, pois é um número bastante raro. Anos depois, surgiu uma nova versão no MA nº 353, de 10/7/1980, com ilustrações de Augusto Trigo e com o título modificado para “Sendas Apaches”.
    Aproveito a oportunidade, depois de esclarecer as suas dúvidas (e as minhas, pois não me recordava de ter escrito um conto com o título “Através do Deserto”, título esse que de facto não existe na minha bibliografia), para o informar de que há uma terceira versão deste conto, revista e aumentada, portanto algo diferente das anteriores versões do MA, que poderá ver neste blogue, consultando a categoria “Antologia de Contos de Acção”. Para o efeito, utilizei tanto as ilustrações de Vítor Péon como as de Augusto Trigo, mas mantendo o título da 2ª versão, “Sendas Apaches”, que passou a ser definitivo.
    É curioso que me tenha suscitado este exercício de memória a respeito de uma curta novela que redigi, efectivamente, quando ainda estava em Angola, mas que só teve oportunidade de ser publicada alguns anos depois, no “Mundo de Aventuras”, e que em tempos bem mais recentes tive a ideia de rever e reeditar neste blogue, tanto mais que é uma das minhas preferidas, num género que cultivei sob a influência de dois dos meus maiores ídolos, como leitor do “Mosquito”, dois grandes mestres da literatura juvenil e da BD portuguesa: Orlando Marques e Raul Correia.
    Grato pelos comentários e pela assídua presença neste espaço, que muito me congratula, pois a existência de um blogue só se justifica pelo diálogo e pela partilha entre quem o cria e quem o visita.

    Um cordial abraço,
    Jorge Magalhães

  21. Obrigado uma vez mais pela disponibilidade e simpatia manifestada. Consultando o meu acervo do Mundo de Aventuras e para mal dos meus pecados, nao encontrei o nº1 Espacial mas que a partir desde momento será alvo da minha procura. Depois de algumas diligencias, encontrei o detentor de parte do original do seu conto que, a titulo de confirmaçao, reafirmou-me que o titulo do conto, em folha dactilografa, é “Através do Deserto” estando localizada em Porto Amboim em Janeiro de 1968 com folha anexa assinada pelo seu punho e enviada para a APR. Por alguma razao, o conto terá ficado “retido” sendo, digamos, rebaptizado mais tarde quiça para nao haver confusao com a BD de Jose Garces Relativamente a Vitor Peon, genio da ilustraçao, tenho na minha colecçao inclusive capas do Mundo de Aventuras dos anos 50 por ele trabalhadas, livros de Tomahawk Tom por ele autigrafados, cadernetas de cromos como os Conquistadores do Espaço e Bonanza até ao Mariolas cujas ilustraçoes me deliciam. Portugal teve e tem a felicidade de ter grandes nomes, artistas, mestres na arte da BD e ilustraçao onde Jorge Magalhaes tem. por merito, um lugar de enorme destaque. Obrigado uma vez mais pela sua simpatia, só ao alcance dos que a todo o momento estão prontos a partir a sua experiencia e saber. Cumprimentos, Manuel

  22. Como já afirmei algumas vezes, é natural que não me lembre de muitas das coisas que escrevi e publiquei num passado já tão distante. Mas fiquei com muita curiosidade em saber como é que essa prova dactilografada do meu conto foi parar à mão de alguém que ainda hoje a conserva. Será algum antigo funcionário da APR? Eu próprio já não tenho praticamente cópias dos meus escritos, pois nunca me preocupei em guardá-las, a não ser de alguns trabalhos ainda inéditos, mas de pouca importância. E agora só uso o computador…
    Em 1968, o “Mundo de Aventuras” publicava apenas histórias aos quadradinhos, devido às transformações que sofreu a partir do nº 512, por isso é natural que o conto tivesse ficado “retido”, isto é, metido nalgum dossier. Quando saiu no MA Especial nº 1, sete anos depois, já eu era coordenador da revista, o que significa que o título “Viagem Perigosa” é da minha inteira responsabilidade. Aliás, assinei-o com um pseudónimo que então usava, Roy West, e que tinha sido criado em Angola. Também usei outros, como Lee Van Cleef, Jack Crabb, Peter Green e J. Arnaud, tudo nomes estrangeiros, porque era a moda da época.
    Quanto ao referido conto, teve uma nova versão, como já referi, também publicada no MA, com um novo título: “Sendas Apaches”, e desta vez ilustrada pelo Augusto Trigo. A 3ª e última (até ver) está disponível neste blogue, reunindo todas as ilustrações de A. Trigo e de Vítor Péon.
    Também possuo alguns originais deste grande artista e um deles é precisamente a ilustração de página dupla publicada no MA Especial nº 1, um trabalho magnífico que ainda hoje não me canso de admirar e que Péon me ofereceu quando esse conto foi publicado.
    Um cordial abraço bedéfilo e, mais uma vez, os meus agradecimentos por esta agradável partilha de informações e pela sua elogiosa opinião sobre a minha modesta obra de novelista.

    Jorge Magalhães

  23. O prazer é todo meu que apenas me limito humildemente a transmitir a informaçao que tenho de forma que possa, quiça. relembrar epocas, vivencias, situaçoes neste caso ocorridas mais de 50 anos a esta parte. O detentor do seu conto é seu conterraneo, estudei com ele no Porto mas depois, pela carreira profissional de ambos, seguimos caminhos diferentes.

    Apenas por um familiar que ainda tive forma de contactar consegui chegar até ele. É muito provavel que tenha sido atraves de alguem ligado ao meio que tenha encontrado o seu conto pois era frequentador assiduo de alfarrabistas, leiloes e feira de antiguidades onde conhecia imensa gente do meio. Recordo-me de uma troca que fiz com ele em finais de 80 inicios de 90 onde fiquei com catalogos de editoras, nomeadamente da King Features Syndicate (KFS) e das Edition Vaillant dos anos 50 e 60. Como esses catalogos só eram distribuidos a editoras, não eram comercializados, é muito provavel que a origem do seu conto tenha sido de alguem associado a APR ou Ibis. Alias, dessa troca ainda tenho para completar a colecção de O Camarada (I Serie), dos quais me faltam 3 numeros, após consulta verifiquei serem o 3, 10 e 22) mas onde guardei um album com a novela “Chico em Bres a Ilha Afortunada” que é fantastico.

    De Vitor Peon, tenho varias capas do Mundo de Aventuras (com o selo branco respectivo) mas a que mais gosto de ver ao pormenor é a correspondente ao Natal de 1953 que saiu com o numero 228. Vitor Peon é um mestre intemporal!

    Para nao maçar mais, mudando completamente de assunto, aproveito para perguntar se me pode ajudar relativamente a contos da Portugal Press, nomeadamente a colecçao Feliz. Tenho 2 numeros (o nº1 intitulado “O passaro de Oirto” e o nº 2 “O Tambor”). Por caso terá ideia de quantos numeros sairam desta colecção?

    Obrigado uma vez mais, sendo sempre com o maior prazer que troco estas informaçoes consigo, tendo pena que não se lançe a escrever as memorias sobre o seu trajecto profissional, algo que documentado seria certamente uma obra fantastica de de maior interesse presente e futuro. Fica a ideia! 🙂

    Cumprimentos
    Manuel

  24. Caro Manuel,

    Pelo que refere, a propósito desse seu antigo condiscípulo, natural do Porto (como eu), ocorreu-me que poderá tratar-se de alguém com quem me correspondia quando estava em Angola, por causa do suplemento “Angola Infantil” que era publicado semanalmente no jornal “O Comércio”, de Luanda. Colaborei assiduamente nesse suplemento, coordenado por um sujeito chamado Dias Pereira. Será a mesma pessoa?

    Se for, isso explicará, sem dúvida, que tenha em seu poder o original do meu conto com o título “Através do Deserto” e que eu já não me lembrava onde teria sido publicado. Infelizmente, possuo hoje poucos exemplares do “Angola Infantil”, colecção que atingiu mais de 200 números e onde saíram vários contos meus, além de textos de outra natureza. Bons tempos!…

    Caso se trate dessa pessoa, cujo contacto perdi quando regressei a Portugal, em 1973, gostaria de voltar a escrever-lhe, para relembrar a grande aventura que foi o “Angola Infantil”, que ele coordenava e desenhava a partir do Porto. Chegou mesmo a criar o primeiro super-herói português, chamado Capitão Portugal, e a editar um álbum com as suas aventuras.

    Mudando de assunto, quero felicitá-lo pelos originais que possui do grande artista Vítor Péon (e mestre intemporal, como lhe chama, com toda a justiça). Acho curioso haver originais com o selo branco da APR, pois nunca encontrei nenhum, mesmo entre a colecção do Péon, de que fui, durante algum tempo, fiel depositário após a sua morte, e que hoje está na posse da Bedeteca da Amadora, que comprou esse acervo a um dos seus familiares.

    Quanto ao “Camarada”, também não tenho a 1ª série completa e muito menos a 2ª, ainda mais difícil de completar. Além desse álbum que cita, “Chico em Brés, a Ilha Afortunada”, houve um segundo, cujo título não recordo, com uma aventura de Vic Este, outro herói do “Camarada”, criado por Marcelo de Morais. Ambos devem ser muito raros e valiosos…

    Creio que só existem dois números da “Colecção Feliz”, editada pela Portugal Press, em grande formato. Lembro-me bem dessas revistas, embora não as possua, com histórias humorísticas desenhadas por um artista inglês.

    A respeito das minhas memórias, julgo que não terão grande interesse para ninguém, pois a minha carreira na BD é relativamente conhecida, a partir de 1974, quando ingressei na APR, como revisor das suas publicações e coodenador do “Mundo de Aventuras”. Fiquei lá durante 13 anos, até a APR praticamente fechar as portas, vivendo no último período momentos bastante conturbados, em que já não havia dinheiro para pagar aos fornecedores e aos empregados que ainda acreditavam, como eu, na sua recuperação. Depois, trabalhei para outras editoras, como a Campo Verde, a Futura, a Asa e a Meribérica.

    A parte menos conhecida do meu trajecto ligado à escrita, como amador (pois era funcionário, nessa época, do Instituto do Café), reporta-se ao tempo que passei em Angola, pois durante esses anos da minha juventude colaborei na Rádio, no Teatro e em vários jornais e revistas, escrevendo contos e artigos sobre diversos temas e até alguns sobre BD, nome por que passaram a ser conhecidas as histórias aos quadradinhos, em meados da década de 60, devido à acção de Vasco Granja. Como esses tempos parecem ainda tão próximos! 🙂

    Obrigado também por me ajudar a recordá-los (e a tapar alguns “buracos”) e pela sua participação neste blogue, com preciosos comentários que bem revelam a sua disponibilidade e simpatia.

    Um cordial abraço,
    Jorge Magalhães

  25. Por força da minha actividade, escrevo-lhe estas linhas desde Sevilha, cidade de enorme beleza que aconselho conhecer. Pena que esteja um dia de chuva mas pormenores não invalidam o essencial 🙂 .

    Relativamente ao detentor do seu conto, de nome Nuno Rodrigues, está de momento nos EUA. Filho de um industrial de Barcelos, entrou pelos ramos da gestão na sua vida Academica e já por lá estará pelo menos desde 1992. O pai sempre foi uma pessoa residente em Portugal, tinha casa na Rua Nossa Senhora da Luz, perto da Praia dos Ingleses (Foz do Douro), ligado aos texteis pela zona de Braga. Nao creio que estejamos a falar, com pena, da pessoa que alude. De qualquer das formas tentarei na proxima semana novo contacto de forma a ver a possibilidade de resgatar o seu conto.

    Na sua resposta, que agradeço pela sua enorme disponibilidade, refere um aspecto que creio sempre provoca alguma discussão que é o “valor de obras de banda desenhada”.
    Como costumo dizer, mais que coleccionador considero-me um “acumulador”. Nao vendo nada mas pouco meses atras tive uma abordagem por parte de um coleccionador que estava interessado na minha colecção de O Papagaio, onde verifiquei que existe uma enorme dificuldade em conseguir “catalogar por preçario” a BD nacional o que me surpreendeu pois sempre julguei que existisse trabalho reconhecido nessa area. No Vinil, onde tenho tambem milhares de discos, existem catalogos internacionais para esse efeito, por exemplo.

    E creio que seria um trabalho proveitoso se alguem com reconhecimento confirmado na area da BD tivesse por objectivo fazer um catalogo desse genero, no caso do vinil por exemplo com Hans Pokora é feito atraves de atribuição de “estrelas” em função da raridade do mesmo que coloca essas obra entre um intervalo de preços. Por isso, quando refere por exemplo a obra de O Camarada “Chico em Brés, a Ilha Afortunada” como sendo valiosa em termos economicos, sinceramente, nao tenho ideia de que valores falamos. Em termos de obra, para mim, por exemplo é inalienável.

    Sobre as suas memorias, vivencias, experiencias profissionais, permita-me que diga que certamente que com as mesmas passadas a escrito, muitas pessoas terão nelas interesse! Desde logo, posso-lhe garantir que além de uma dessas obras para mim certamente a iria oferecer a mais uns quantos amigos como rotulo de “de leitura obrigatoria”, Portanto, pensando numa pequena edição inicial de 1000 exemplares, seria certo que poderia considerar 1% como vendida 🙂 .

    Certamente seria de todo o interesse para todos os que se interessam pela BD, conhecer não só o trajecto pessoal de Jorge Magalhaes, conhecer as entidades com que colaborou directa ou indirectamente, conhecer os meadros de actividade (onde se localizavam, quem colaborava, as obras que publicaram, as vicissitudes e peripcias que certamente ocorreram, o trajecto empresarial das entidades com quem colaborou, a titulo de exemplo gostaria muito de saber como “viu” e/ou viveu a ruptura da Agencia Portuguesa de Revistas com a Ibis, obras ineditas que tenha que por esta ou aquela razão nunca viram a luz do dia, a forma como viveu a relaçao da banda desenhada com o antigo regime, a dicotomia O Camarada/O Mosquito por exemplo, a intervenção do regime politico como a obrigação de “renomear” nomes de herois, enfim, certamente um mar de interesse que só é possivel encontrar na sabedoria, no conhecimento de verdadeiros mestres como Jorge Magalhaes. Nao leve a mal por insistir nesse ponto mas acho que certamente todos nós, amantes da BD e tambem leitores e acumuladores de conhecimento sobre BD ao longo das decadas, teriamos a agradecer profundamente um tal trabalho que considero até essencial como testunho para geraçoes seguintes. Sendo obviamente uma opçao pessoal, permita-me que interceda nesse sentido. 🙂

    Voltando ao “mundo” da banda desenhada, aproveito para lhe deixar uma questão, quiça, com o seu conhecimento poderá auxiliar a extinguir a minha duvida: tenho em minha posse o “Noticias Miudinho” entre 16 de Outubro de 1924 e 9 de Fevereiro de 1928. No entanto a minha duvida é se não existe uma edição anterior à data de 16 de Outubro de 1924 pois a outra pessoa que conheço que tambem tem Noticias Miudinho, tal como eu, apenas começa a colecção no Nº2 correspondente à data que indico. Saberá dizer-me se houve edição nº1? Se sim, em que data?

    Agradeço como sempre a sua amabilidade e atenção para com estes meus mais ou menos longos textos e com estas questoes mais concretas mas como costumo dizer…perguntar é a quem sabe!

    Obrigado.

    Votos de um Excelente Fim de Semana!

    Cordiais Cumprimentos,
    Manuel

  26. Faço votos para que goze uma excelente estadia na bela cidade de Sevilha, que infelizmente não conheço. Já andei por Badajoz, Madrid e Barcelona, mas é tudo (muito pouco) que conheço de Espanha…

    Tive há dias um aborrecido problema no meu computador, que ainda se encontra no “estaleiro”, para reparações, e estou, por isso, a escrever-lhe no computador portátil da minha mulher, com o qual não estou muito familiarizado, o que me obriga desta vez a ser mais breve na resposta.

    Obrigado pelas informações sobre a pessoa que possui a cópia do meu conto e cujo nome para mim era totalmente desconhecido, mas desde já afirmo que não tenho qualquer interesse em reaver esse documento, embora me suscite natural curiosidade a forma como foi obtido, pois não me lembro, como já lhe referi, de o ter enviado à APR. A hipótese mais provável é ter-se destinado a publicação no “Angola Infantil”, o tal suplemento dirigido por Dias Pereira, também residente no Porto e de quem nunca mais tive notícias, depois da extinção desse suplemento.

    Quanto ao valor comercial das revistas e álbuns de banda desenhada, quem o determina geralmente são os alfarrabistas, em função da procura e da raridade. O certo é que a procura é hoje muito menor do que era há alguns anos, mas a raridade de algumas peças poderá, em casos específicos, elevar o seu valor até largas dezenas de euros. Não lhe sei dizer concretamente o preço nos alfarrabistas de uma obra como “Chico em Brés, a Ilha Afortunada”, mas tentarei informar-me junto de um amigo meu que também é coleccionador e está mais a par desses assuntos. Eu já há muitos anos que não frequento alfarrabistas, até porque os dois principais que existiam em Lisboa, a Livraria Barateira e a Loja das Colecções, já fecharam as portas. Agora é no Porto, segundo julgo, que está a maioria dos alfarrabistas de BD.

    Quanto às vastas e interessantíssimas questões que levanta sobre a história da BD portuguesa, lembro-lhe que há vários livros publicados sobre o tema, por autores e investigadores tão prestigiosos como A. Dias de Deus, Leonardo De Sá, Carlos Pessoa, João Paiva Boléo e outros. Além dos inúmeros artigos que saíram em jornais e revistas, e cuja catalogação é quase impossível fazer.

    Como sabe, o meu trajecto profissional ligado à A.P. Revistas só começou em 1974, e antes disso fui funcionário público em Angola, sem quaisquer contactos com o meio da BD, que só estabeleci ao regressar à metrópole, no ano anterior. Por isso, não poderei falar sobre a ruptura da A.P.R. com a Ibis ou sobre a relação da BD com o antigo regime, pois não vivi esse período por dentro das editoras. Talvez publique em breve, neste blogue, uma série de apontamentos sobre a minha vivência e as minhas experiências profissionais como coordenador do “Mundo de Aventuras”, no período compreendido entre 1974 e 1987, pois acompanhei a revista até ao seu declínio e queda.

    Aliás, tenho um artigo de várias páginas dedicado à A.P.R. e ao seu longo historial que saiu no 1º volume de uma antologia sobre a BD portuguesa (e nomeadamente “O Mosquito”) publicada nos anos 90 pelas edições “Época de Ouro”. São, pelo menos, cinco volumes. Conhece-os?

    Sobre o “Notícias Miudinho”, colecção que não possuo, irei pedir esclarecimentos ao meu amigo coleccionador, que sabe muitas coisas sobre essas revistas mais antigas, incluindo “O Papagaio” (outra colecção que infelizmente tenho incompleta, apesar de ter sido a primeira revista de BD que me passou pelas mãos, na minha meninice).

    Já sabe que é com o maior prazer que leio as suas missivas e que tentarei responder às suas perguntas, mesmo se precisar de recorrer à ajuda de outrém, neste caso de bedéfilos e coleccionadores mais habilitados nessas matérias do que eu.

    Cordiais cumprimentos,
    Jorge Magalhães

  27. Boa tarde.

    Antes de mais peço desculpa pela “ausencia” mas por motivos profissionais estive um pouco mais ausente. A boa noticia no entanto é que já tenho seu conto em minha posse e confirmo o conteudo e datas que tinha anteriormente indicado. Curiosamente a sua carta de envio para a APR tem inclusive considerandos interessantes sobre alguma BD que na epoca a Agencia apresentava, referindo a que entendia como qualidade inferior. De qualquer das formas o seu conto esta “a salvo” sendo que será devidamente junto a outras obras de excelencia que religiosamente preservo.

    Atendendo a que em breve terei de me ausentar do pais, aproveito desde já para desejar um Santo Natal e um novo ano que preserve acima de tudo a saude, trave mestra da vida e sem a qual tudo o resto é meramente acessorio.

    Cumprimentos,

    Manuel

  28. Caro Manuel,

    É sempre um prazer ter notícias suas e não precisa de pedir desculpa por “ausências” devidas a tão fortes motivos. Fico também muito satisfeito por saber que o original do meu conto está em boas mãos, assim como a carta em que o enviei à APR (e da qual já não faço a mínima ideia). Gostaria, se possível, de ter uma cópia dessa carta, para reler os considerandos que fiz acerca das histórias publicadas no “Mundo de Aventuras” e noutras revistas da APR, sem sonhar, nessa época, que anos depois viria a tornar-me seu colaborador efectivo.
    Agradeço também e retribuo os seus votos de Boas Festas e Santo Natal, desejando-lhe um novo ano com tudo a correr pelo melhor, em especial a saúde do corpo e do espírito, que é de facto um dos bens mais preciosos que temos na vida.
    A propósito da pergunta que me fez numa mensagem anterior, sobre o nº 1 do “Notícias Miudinho”, ainda não tenho uma resposta, mas prometo que o assunto não será esquecido, logo que possa retomar o contacto com um dos meus amigos coleccionadores, a braços neste momento com sérios problemas pessoais e familiares. Julgo que ele tem essa colecção completa.

    Cordiais cumprimentos,
    Jorge Magalhães

    • Boa tarde.

      Antes de mais,peço desculpa pelo silencio de quase meio ano mas, como disse na altura, estive ausente e apenas agora regressei a Portugal.

      Basicamente, voltando ao assunto original, tenho comigo a “Viagem Perigosa” de “Roy West” publicada no Mundo de Aventuras Especial n.1, conto com ilustraçoes de Vitor Peon e publicadas nas paginas 30 a 34 da dita revista.
      Quando tiver um pouco de oportunidade, irei tentar verificar se o conto é efectivamente o que lhe mencionei da sua carta de finais dos anos 60 até porque a ediçao do Mundo de Aventuras é de varios anos depois.
      Nao posso prometer quando terei disponibilidade mas quando o puder fazer, deixarei aqui a conclusao.

      Uma vez mais peço desculpa pela impossibilidade de resposta mas o tempo para os nossos prazeres é cada vez mais diminuto.

      Votos de um Bom fim de semana
      Cumprimentos,

      Manuel

  29. Caro Manuel,

    Congratulo-me por voltar a receber notícias suas – sinal de que o assunto não está esquecido –, e não precisa de pedir desculpas pela longa ausência, visto ter uma vida profissional tão ocupada e com tantas deslocações ao estrangeiro.

    Agradeço, mais uma vez, o interesse manifestado por um conto que escrevi há mais de 50 anos e cuja “estreia” foi efectivamente no Mundo de Aventuras Especial nº 1, com desenhos do saudoso Vitor Péon. Do que não me recordo é da carta que escrevi à APR, com comentários às histórias que o Mundo de Aventuras então publicava. Seria possível arranjar-me uma cópia?

    Recentemente editei uma nova versão desse conto, muito mais longa e que considero definitiva, no blogue Era uma vez o Oeste, criado há poucos meses. Se quiser comparar as duas versões – visto que aquela de que fala deve ser a primeira –, constatará que as diferenças são enormes, embora o tema se mantenha o mesmo. Com algum vagar, espero refazer também outros contos publicados no Mundo de Aventuras, quase sempre com o pseudónimo de Roy West. Não pelo valor das obras em si – simples histórias de aventuras –, mas porque me dá prazer reescrevê-las, tantos anos depois…

    Cordiais cumprimentos,
    Jorge Magalhães

  30. Boa tarde

    Espero que tenha no seu mail o solicitado. Com maior disponibilidade logo abordaremos a comparaçao dos contos.

    Votos de Bom fim de semana.

    Cumprimentos
    Manuel

  31. Caro Manuel,

    Muito obrigado pela cópia da carta que lhe tinha solicitado, enviada em Janeiro de 1968 à Agência Portuguesa de Revistas, e que agora tive o prazer de ler como se fosse a primeira vez, pois já não me lembrava do seu conteúdo nem sequer de ter tentado reatar, nessa época, a minha colaboração com a APR. Da resposta que me deram – se é que houve resposta – também não me recordo, passados tantos anos, quase 50!

    Seja como for, o certo é que seis anos depois consegui concretizar esse desejo, ao regressar a Portugal, tornando-me colaborador efectivo da APR e coordenador do “Mundo de Aventuras”.

    Quanto ao conto anexo a essa carta, é natural que a versão que está em seu poder seja um pouco diferente da que foi publicada, em 1975, no “Mundo de Aventuras Especial”, que eu também tive a meu cargo. As alterações nele introduzidas foram feitas por mim, não porque o editor as tivesse sugerido (visto que eu tinha inteira liberdade na minha função de coordenador), mas porque entendi que assim o texto ficaria mais apresentável.

    Como já lhe disse, o referido conto, com outro título, apareceu mais tarde no “Mundo de Aventuras” semanal, ilustrado por Augusto Trigo. Uma quarta versão, bastante remodelada, está patente no meu blogue “Era uma vez o Oeste”, criado há poucos meses, em que usei todas as ilustrações do Trigo e do saudoso Vítor Péon.

    Expresso-lhe, mais uma vez, os meus agradecimentos por me ter dado amavelmente conhecimento de uma curiosa epístola que já se me tinha varrido da memória e que, de certa forma, faz parte do meu historial de relações com a APR, iniciadas no ano longínquo de 1959, quando publiquei o meu primeiro conto no “Mundo de Aventuras”. Como o tempo passa!…

    Cordiais cumprimentos,
    Jorge Magalhães

    • Parabéns Senhor Jorge Magalhães pelo seu blogue. Tendo nascido em 1950, li com avidez a Revista Cavaleiro Andante, que saía aos sábados ou domingos com um jornal, presumo o “Diário de Notícias”. Que me lembre também, os 2 escudos e 50 centavos (vulgo dois e quinhentos) davam acesso a essa fonte de inspiração estético-aventureira. Mais tarde, saíram as capas de cada uma das histórias, para quem teve a sorte de os adquirir a todas, o que não foi o meu caso. Pode corrigir algum destes aspectos, por favor? Outra coisa que lhe peço, é se conhece alguns descendentes dos Srs. Adolfo Simões Muller ou Mário Nunes de Carvalho, que foram respectivamente o director e editor da revista do CA? Ou ainda, alguém que tenha sido representativo do CA, apesar de ter lido na wikipedia sobre os Srs. ilustradores Fernando Bento, José Ruy, Eduardo Teixeira Coelho, José Garcês e José Manuel Soares. Desculpe estas perguntas todas e agradeço a sua ajuda desde já. Com os melhores cumprimentos,
      José Assis

  32. Obrigado pela sua visita e pelo seu comentário. Como sou um pouco mais velho, tive a felicidade de começar a ler o Cavaleiro Andante desde o 1º número. Era uma excelente revista, editada pela Empresa Nacional de Publicidade (ENP), empresa proprietária do Diário de Notícias. Mas o Cavaleiro Andante foi uma revista independente, não saía como suplemento daquele jornal. Iniciada em Janeiro de 1952, durou cerca de 10 anos e teve, de facto, capas para encadernação dos seus números, correspondendo cada volume a um ano completo.
    Adolfo Simões Müller foi o seu director, tal como tinha sido do Diabrete, outra revista publicada pela ENP, e que acabou em finais de 1951, para dar lugar ao Cavaleiro Andante. Quanto a Mário Nunes de Carvalho foi, se não estou em erro, o editor da revista, para efeitos legais. Cheguei a conhecer Simões Müller, assim como Fernando Bento, um grande desenhador que colaborou assiduamente no Diabrete e no Cavaleiro Andante. Ambos já faleceram há muitos anos, deixando descendentes… mas não tenho contacto com eles.
    Quanto aos outros desenhadores que cita, José Ruy, José Garcês e José Manuel Soares ainda estão vivos. Excepto J. M. Soares, por ter adoecido, os outros, sobretudo José Ruy, continuam a trabalhar e a editar com regularidade.
    José Garcês, actualmente o decano da BD portuguesa, já publicou este ano um álbum sobre a vida de Santo António, que foi vendido juntamente com o jornal Público. E de José Ruy irá aparecer também um novo trabalho, em Setembro ou Outubro.
    Como julgo que se interessa pela obra destes autores, sugiro-lhe que contacte o Clube Português de Banda Desenhada (CPBD) – cuja sede actualmente é na Amadora (Reboleira), Avenida do Brasil, 52-A . Este ano o CPBD já dedicou exposições a vários desenhadores portugueses, incluindo J. Ruy e J. Garcês. A mais recente dessas mostras está patente na Bedeteca da Amadora, até 26 deste mês, com trabalhos de Augusto Trigo, e merece também uma visita.
    Muito obrigado, mais uma vez, pelo seu contacto e esperamos que continue a apreciar este blogue, bem como os outros que também criámos: O Voo d’O Mosquito, A Montra dos Livros, Franco Caprioli, Desenhador dos Mares do Sonho e Era Uma Vez o Oeste. Tem acesso fácil a todos eles através da coluna da direita, com o título Blogs I Follow.
    Cordiais cumprimentos,
    Jorge Magalhães

    • Grato pela sua resposta bem circunstanciada, Sr. Jorge Magalhães. Tinha uma ideia errada então, sobre a saída do Cavaleiro Andante como eventual suplemento do DN. Lembro-me entretanto, de ir à noite com o meu irmão e mãe a casa de uma Senhora que morava no Dafundo ou Cruz Quebrada e amiga dela; enquanto as Senhoras falavam, eu e o meu irmão “devorávamos” todos os números do CA que não conhecíamos, sem nunca termos conhecido o dono deles e presumivelmente, filho da Senhora amiga da nossa mãe. Memórias… Agradeço também as outras informações sobre o José Ruy e J. Garcês.
      Continuação de óptimo trabalho e felicidades.
      Os melhores e cordiais cumprimentos
      José Assis

  33. Jorge, Um abraço e publique o Mandrake do Mundo de Aventuras, sobre A Revolta dos Gatos.
    Um Abraço para vós incluindo a Gataria.
    Nito.

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